Meu objetivo neste post é explicar da maneira mais clara possível para o público interessado quais são as diferenças entre o psicólogo, o psiquiatra e o psicanalista.
Esta é uma questão que confunde muita gente!
Em parte, ela ocorre porque os três fazem coisas muito diferentes sob o mesmo rótulo chamado “psicoterapia“. Assim, o psiquiatra faz psicoterapia, o psicólogo faz psicoterapia e, por vezes, as pessoas também chamam o psicanalista de psicoterapeuta.
Em termos práticos, o psiquiatra fez um curso de Graduação em Medicina que dura seis anos, em tempo integral, e depois uma residência em psiquiatria, o que o torna habilitado a diagnosticar e tratar as desordens psíquicas, ou, como se costuma chamar no popular, as “doenças da cabeça”.
Em sua atuação, o psiquiatra se guiará por padrões de normalidade psíquica buscando reconhecer em cada paciente o quanto este se aproxima ou se afasta de tais critérios estabelecidos previamente a partir de estudos estatísticos que abarcam o comportamento médio de grandes populações.
A partir desta comparação, ele traçará um diagnóstico e poderá intervir no mesmo utilizando tratamentos psicotrópicos (remédios), tratamentos físicos e / ou tratamentos psicoterápicos (conversas).
Já o psicólogo é alguém que fez um curso de Graduação em Psicologia, em tempo integral ou parcial, que dura cinco anos. Já na graduação ele pode direcionar sua carreira para a área clínica, escolar, empresarial, hospitalar ou acadêmica, a depender da sua vocação.
A Psicologia é um ramo que se destacou da Filosofia e se tornou profissão há não muito tempo, por volta de 1950, e tem como objetivo entender o comportamento de pessoas e animais em diferentes contextos e sociedades.
Já o psicanalista, que pode ser médico, psicólogo ou filósofo de formação é o profissional que escuta e conversa com os pacientes em seu consultório de um jeito muito peculiar: com o paciente deitado em um divã e o psicanalista atrás dele, ouvindo atentamente cada palavra que diz, fazendo perguntas e correlações e, principalmente, interpretando o sentido do que é dito pelo paciente e que escapa a ele próprio.
Este trabalho de investigação e interpretação de sentidos feito pelo analista busca, dentre outras coisas, ampliar o conhecimento que o paciente tem de si mesmo, condição que torna sua vida muito mais interessante e rica em termos de experiências.
A profissão de psicanalista não é regulamentada no Brasil, o que significa que não há normativas regimentais que definam quem pode ou não atuar como tal.
Apesar disso, existem instituições sérias e reconhecidas que formam analistas. A principal delas é a IPA (Internacional Psychoanalytical Association), fundada em 1910 pelo próprio Freud.
No Brasil, a formação analítica fica à cargo das instituições federadas à FEBRAPSI (Federeção Brasileira de Psicanálise), todas elas vinculadas à própria IPA.
A formação analítica oferecido por estes institutos de psicanálise compõe-se da análise pessoal do candidato, da supervisão de seus casos clínicos e de cursos de teoria e técnica psicanalítica e dura, em média, de cinco a oito anos.
Existem ainda cursos de psicanálise em outras instituições, tais como, o Instituto Sedes Sapientiae em São Paulo, com ótimos cursos de psicanálise e outros ainda vinculados às universidades.
Em Ribeirão Preto, região em que eu atuo, há os cursos de Especialização em Teorias e Técnicas Psicanalíticas oferecido pelo Instituto de Estudos Psicanalíticos (IEP) e também o curso de extensão da Dra Suad.
Se está nesta região, e quer consultar um psicólogo em Ribeirão Preto, estou à disposição para conversar com você. Conheça minha formação e agende uma entrevista. Conheça mais meu trabalho como psicanalista em Ribeirão Preto.