Reflexões sobre o filme Ainda estou aqui

O filme Ainda estou aqui, dirigido por Walter Salles, me tocou de um jeito inesperado.

Mais identificada à empregada doméstica Zezé do que à Eunice ou suas filhas, lembrei-me das inúmeras vezes em que senti, tal como Raskólnikov, inveja das minhas colegas que tinham famílias cultas, politizadas e unidas como a de Rubens, Eunice e seus filhos, e que pude conhecer nos meus únicos dois anos de colégio privado, e, depois, na USP.   

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Um príncipe em crise: o homem por trás do mito em um episódio de The Crown.

* O artigo está sendo republicado em homenagem à morte do príncipe Philip, em 09 de abril de 2021.

No episódio “Poeira Lunar” da nova temporada de The Crown, o príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth, deprime. Sem que se dê conta, vai ficando desanimado e insatisfeito com sua vida quotidiana, queixoso e entediado.

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Bird Box: a vida em uma caixa de pássaros.

O filme“Bird Box” é um recurso simbólico interessante e que pode nos ajudar a compreender como, no âmago de uma experiência traumática, pode se dar a elaboração do que em psicanálise chamamos impulso de morte, a partir da personagem Malorie.

Tomando-a como modelo, ele também nos provoca a pensar que características de personalidade são favoráveis à sobrevivência na vida e quais não são.

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Reflexões sobre o filme Na natureza selvagem

nns00Na natureza selvagem: o homem que caminha só em direção a si mesmo.

 A história verídica do norte-americano Christopher Johnson McCandless, encontrado morto aos 24 anos em um ônibus abandonado, próximo do Parque Nacional Denali depois de sobreviver com pouca comida e equipamento no Alasca selvagem, nos convida a reflexões importantes sobre o sentido último da vida humana.

Para os interessados em conhecê-la sugiro a leitura do livro “Na natureza selvagem”, publicado em 1992 pelo jornalista John Krakauer, bem como o filme escrito e dirigido por Sean Pean, de mesmo título, lançado em 2007.

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Impactos da neurose nas relações conjugais à luz do filme A difícil arte de amar

dvd_8331Meu objetivo neste texto é demonstrar como a presença de neurose em cada um dos membros de um casal pode impactar negativamente a relação conjugal e, muitas vezes, inviabilizá-la. Para tanto utilizarei como estímulo para refletir sobre o tema o filme “A difícil arte de amar”, lançado em 1986 sob a direção do norte-americano Mike Nichols e estrelado por Meryl Streep e Jack Nicholson.

A história, aparentemente banal, começa com Rachel (Meryl Streep) flertando em um casamento com Mark (Jack Nicholson). Ela se apresenta como uma mulher independente, cabelos curtos, roupa elegante e sóbria. Trabalha como escritora de matérias culinárias na agitada cidade de Nova York. Durante a cerimônia, toma a dianteira no flerte, olha para ele, visivelmente mais velho que ela, pelo espelho da maquiagem. Ele, galante e com histórico de mulherengo (o solteiro mais famoso da cidade), devolve o olhar.

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Comentários sobre o filme Elsa e Fred

Fred e ElsaO filme Elsa e Fred, dirigido pelo norte-americano Michael Radford lançado em 2011 é uma adaptação do filme de mesmo nome do diretor argentino Marcos Carnevale. Como toda obra Fred e Elsa apresenta inúmeros vértices interpretativos. Elencarei para a minha fala dois eixos de discussão que a meu ver estão propostos no filme.

O primeiro é o modo como a sociedade, representada no filme pela escola de dança, lida com o velho. A segunda diz respeito ao modo como o processo de envelhecimento e proximidade da morte será vivenciado por cada pessoa, de acordo com suas características de personalidade que tendem a se acentuar no final da vida.

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A pele que habito

 Meu objetivo neste post é comentar o filme “A pele que habito” de Pedro Almodóvar estabelecendo um diálogo entre minhas associações sobre o filme e a psicanálise.

Não é desnecessário frisar que como se trata de uma obra de arte as possibilidades interpretativas são várias e dependem do olhar do intérprete.

Para mim, nesta obra (assim como em outros filmes seus) Almodóvar pretende convidar o espectador a refletir sobre a questão da identidade sexual e / ou de gênero. Esta é uma discussão sempre espinhosa porque as categorias homem e mulher são fortemente impregnadas por visões normativas que foram sendo construídas e sedimentadas por séculos.

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Cinquenta tons de cinza: a perversão à luz da psicanálise.

imagesRecebi nos últimos meses alguns pedidos de leitores para que eu comentasse o filme lançado no início do ano “Cinquenta tons de cinza”, baseado no livro de mesmo nome. Confesso que não costumo fazer posts por encomenda, já que a motivação para a minha escrita nasce do desejo, de algo que eu vejo, leio ou escuto e que me intriga gerando uma espécie de “comichão interno” que só passa quando eu me ponho diante da tela do computador e deixo o meu inconsciente trabalhar. E dentro de mim não havia nenhum desejo de ver o filme ou de ler o livro. Mas, pensando um pouco melhor a respeito, fiquei curiosa para saber o que, neste filme, havia atraído tantas pessoas. Por isso decidi assisti-lo e averiguar o que seria capaz de comentar sobre ele.

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