Perguntei a um viajante solitário o que tinha visto de mais lindo em sua última viagem, feita com pouquíssimos recursos civilizatórios, ao que ele respondeu, mais rápido que um foguete: “as flores do deserto do Atacama”.
Diante de sua resposta rápida, fiquei intrigada. Gostaria de saber o que havia deixado o meu interlocutor tão deslumbrado e por isso perguntei o que tinha de tão especial nestas flores, ao que ele me disse: “Elas nascem no meio do nada. Buscam água de onde podem, ou seja, da atmosfera, que é o único lugar onde este recurso existe lá. Aquilo é um mar de nada, e de repente, lá estão elas, lindas, perfeitas, em lugar absolutamente insólito à vida onde de dia faz quarenta graus e à noite, um frio abaixo de zero. Não é incrível isso? ”