*Aula proferida para os alunos do curso de Ciências Farmacêuticas da USP-Ribeirão Preto (FCFRP) em 24 de setembro de 2024
Continuar lendo Jovens no divã: da escolha profissional à saída da Universidade
*Aula proferida para os alunos do curso de Ciências Farmacêuticas da USP-Ribeirão Preto (FCFRP) em 24 de setembro de 2024
Continuar lendo Jovens no divã: da escolha profissional à saída da Universidade
A vida tem uma necessidade férrea por existir e impõe duras provas ao corpo que a hospeda.
É o que tenho aprendido nestes últimos anos acompanhando mulheres grávidas que se deitam em meu divã.
O homem evita aquilo que o assusta, sendo este o caso da velhice. O que o torna quase sempre equivocado e ingênuo sobre a sua chegada.
Isso significa, por exemplo, que o desejo de prolongar em demasia a vida é quase sempre do moço, mas nunca do velho, conhecedor íntimo da sua degradação, da qual evidentemente nunca poderá falar. Daí talvez não haver nada mais deprimente e tristonho que um velho otimista.
Numa das primeiras cenas do filme, a luz do farol que ilumina o apartamento remete à iluminação de verdades que se preferiria manter no escuro, por seu caráter demasiado perturbador.
Para Freud (1930), não há civilização sem justiça social, sendo aquela compreendida como o conjunto de sanções que a protege contra a ganância e voracidade do indivíduo.
Se de um lado a psicanálise de Freud viabilizou a expressão do mal-estar do sujeito com seu sexo, de outro não escapou de reproduzir, em forma de teoria, o sexismo vigente (Dio Bleichmar, 1988).
Viver só tem sentido quando somos capazes de olhar para além de nós mesmos e dos nossos interesses particulares.
O número de mulheres que escolhe não procriar tem aumentado nas últimas décadas. Dizem delas que são egoístas, vazias e incompletas e, jocosamente, vislumbram-nas na velhice como a “louca dos gatos”, que é uma forma de dizer que amam mais os bichos que os humanos.
Continuar lendo Preconceito e estigma contra mulheres sem filhos