O filme Ainda estou aqui, dirigido por Walter Salles, me tocou de um jeito inesperado.
Mais identificada à empregada doméstica Zezé do que à Eunice ou suas filhas, lembrei-me das inúmeras vezes em que senti, tal como Raskólnikov, inveja das minhas colegas que tinham famílias cultas, politizadas e unidas como a de Rubens, Eunice e seus filhos, e que pude conhecer nos meus únicos dois anos de colégio privado, e, depois, na USP.