Artigo científico revista Psicologia em Revista (online) 2014

images (1)

Acesse o meu artigo científico intitulado Famílias homoparentais: tão diferentes assim?publicado na revista Psicologia em Revista (online), em 2014.

Referência: MARTINEZ, A. L. M. Famílias homoparentais: tão diferentes assim? In Psicologia em Revista (Online), v. 19, p. 371-388, 2014.

Continuar lendo Artigo científico revista Psicologia em Revista (online) 2014

Artigo científico publicado na revista Estudos de Psicologia (PUCCAMP) 2011

download (1)Acesse o meu artigo científico intitulado A experiência da maternidade em uma família homoafetiva femininapublicado na revista Estudos de Psicologia da PUCCAMP em 2011, escrito em parceria com a Profa. Dra. Valéria Barbieri (FFCLRP-USP).

Referência: MARTINEZ, A. L. M. & BARBIERI, V. A experiência da maternidade em uma família homoafetiva feminina. In: Estudos de psicologia (PUCCAMP. Impresso), v. 28, p. 175-185, 2011. 

Continuar lendo Artigo científico publicado na revista Estudos de Psicologia (PUCCAMP) 2011

Hoje estou de luto.

Hoje estou de luto por alguns de meus vizinhos que, perplexos, me perguntaram por que eu chorava se minha casa estava protegida do incêndio que devorou por dois dias ininterruptos a mata e matou milhares de vidas mais honestas que a nossa.

Estou de luto pela falta de paixão de algumas das pessoas vestidas de vermelho que foram enviadas para nos ajudar, mas que se mostraram terrivelmente presas nas malhas da inércia. Desalmadas e carcomidas no ser por um salário miserável e por um Município que não as valoriza como salvadoras que em tese são, mostraram-me o quão triste é um coração sem alma, desacreditado de sua própria importância no mundo.

Estou de luto por aqueles que conseguiram chegar em casa após um dia de trabalho e ligar a TV mesmo com labaredas enormes devastando a vida e empesteando o ar a alguns metros de suas lindas e envidraçadas janelas.

Continuar lendo Hoje estou de luto.

Grupo de Estudo 2017 O Feminino na psicanálise

download (9)Estão abertas as inscrições para os grupo “Estudos sobre o feminino: leituras comentadas de textos freudianos e outros autores”.

Objetivos

I) Compreender, dentro de uma perspectiva histórica-cultural, os desenvolvimentos teóricos freudianos a respeito do feminino, nascido de sua escuta flutuante.

II) Estudar outros autores da psicanálise que fizeram acréscimo ao tema, bem como acompanhar o desenvolvimento da temática em obras literárias em que a problemática do feminino seja desenvolvida pelo autor.

Continuar lendo Grupo de Estudo 2017 O Feminino na psicanálise

Crônica de um casal quase moderno

O casal unido há quase vinte anos, com uma convivência tão satisfatória quanto pode ser a convivência entre dois seres humanos, acaba de ter uma relação sexual.

Com o auxílio de um vibrador, a esposa chega ao orgasmo e com isso se sente animada para continuar aproveitando a penetração. Satisfaz-se de novo. Terminado o jogo erótico, levantam-se, banham-se e vão à cozinha. Há uma louça a ser lavada e como um bom casal quase moderno, que divide todas as contas da casa igualmente, a esposa, entre ingênua e curiosa, pergunta:

– Quem vai lavar a louça hoje? Eu ou você?

– Você. Eu te fiz gozar…

Silêncio magoado e constrangido.

– Eu também te fiz gozar. Então, você lava a louça hoje!

Continuar lendo Crônica de um casal quase moderno

O problema da procriação em Freud.

O ato de procriar nos animais que têm seu comportamento sexual definido unicamente pelo instinto não é um problema moral. O que significa dizer que ele está fora do âmbito da escolha.

Mas o mesmo não acontece com os seres humanos, em que o ato de procriar inscreve-se – ou pelo menos deveria inscrever-se –  na problemática moral da escolha. Porque verdadeiramente desejo dar a vida a alguém é uma questão com à qual o ser humano minimamente inscrito na cultura deveria se debater em algum momento de sua vida.

Nesse sentido, será meu propósito neste texto, resgatar o que Freud postula a respeito do ato procriador nos seres humanos, a partir de suas reflexões no texto “Sobre o narcisismo: uma introdução” e mostrar como aquilo que ele coloca lá, e que está implicado no ato procriador, costuma estar radicalmente recalcado no âmbito da cultura.

Continuar lendo O problema da procriação em Freud.

Por que não fica?

Em tudo o que vivemos, em tudo o que fazemos, em cada lugar que habitamos, em cada pessoa que amamos, por cada filme ou livro que choramos, deixamos uma parte de nós. Despedir-se desta parte é como perder um dedo ou um braço, ou quem sabe, um pedaço do coração ou do fígado ou dos pulmões. E deixar para trás é sempre doloroso. Porque esta parte nossa, nunca mais a reencontramos. Aquele lugar ficará vazio para sempre. Só que para existir poesia é preciso haver vazios; é preciso o silêncio e a ausência para brotar o novo.

Continuar lendo Por que não fica?

As flores do deserto do Atacama

desiertofloridoatacama1_thumbPerguntei a um viajante solitário o que tinha visto de mais lindo em sua última viagem, feita com pouquíssimos recursos civilizatórios, ao que ele respondeu, mais rápido que um foguete: “as flores do deserto do Atacama”.

Diante de sua resposta rápida, fiquei intrigada. Gostaria de saber o que havia deixado o meu interlocutor tão deslumbrado e por isso perguntei o que tinha de tão especial nestas flores, ao que ele me disse: “Elas nascem no meio do nada. Buscam água de onde podem, ou seja, da atmosfera, que é o único lugar onde este recurso existe lá. Aquilo é um mar de nada, e de repente, lá estão elas, lindas, perfeitas, em lugar absolutamente insólito à vida onde de dia faz quarenta graus e à noite, um frio abaixo de zero. Não é incrível isso? ”

Continuar lendo As flores do deserto do Atacama

A sobriedade estética do amor

homem-caminhandoO amor que um ser humano deve buscar cultivar pelo outro – um analista por seu analisando, uma mãe ou pai por seu filho, um cônjuge por seu companheiro ou um amigo por outro – é sóbrio e deve ser capaz de comportar verdades humanas paradoxais e, por isso mesmo dolorosas. Quando isso é atingido, uma nova forma estética de viver é possível. Nesta estética, beleza e verdade se equivalem. A vida se torna bela porque verdadeira e toda a forma de mentira e hipocrisia é repudiada porque fere esta mesma busca estética pelo bem viver.

Continuar lendo A sobriedade estética do amor

Reflexões sobre o filme Na natureza selvagem

nns00Na natureza selvagem: o homem que caminha só em direção a si mesmo.

 A história verídica do norte-americano Christopher Johnson McCandless, encontrado morto aos 24 anos em um ônibus abandonado, próximo do Parque Nacional Denali depois de sobreviver com pouca comida e equipamento no Alasca selvagem, nos convida a reflexões importantes sobre o sentido último da vida humana.

Para os interessados em conhecê-la sugiro a leitura do livro “Na natureza selvagem”, publicado em 1992 pelo jornalista John Krakauer, bem como o filme escrito e dirigido por Sean Pean, de mesmo título, lançado em 2007.

Continuar lendo Reflexões sobre o filme Na natureza selvagem