Sexualidade e erotismo em Sigmund Freud

images* Palestra proferida no dia 28 de março de 2016 no curso de Psicologia da UNAERP (Universidade de Ribeirão Preto), na disciplina Psicologia do Desenvolvimento Humano II, a convite da Profa. Me. Lilian de Almeida Guimarães.

Gostaria de começar minha fala de hoje com um trecho do romance “O homem sem qualidades” do escritor austríaco Robert Musil, escrito em 1931. Este livro foi considerado um dos maiores romances escritos no século XIX e penso que sua grandiosidade se deve ao fato de o autor ter conseguido captar a essência daquilo que viríamos chamar no século XX de “A era da técnica”.

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Habilidades necessárias para se exercer o ofício da psicanálise

imagem-curso-psicanaliseO título que escolhi para minha fala de hoje evoca, para mim, pelo menos dois pontos fundamentais que eu gostaria de refletir com vocês nesta manhã.

O primeiro e mais aparente é: o que é psicanálise e o que ela não é. Ora, se pensarmos que a prática da psicanálise se define pelo seu campo ético, o fazer-se psicanalista não pode vir desacoplado da práxis[1] de psicanalisar alguém. Dito isso, é fundamental que definamos em que consiste o método da psicanálise, diferenciando-o do de outras terapias. Para isso seguiremos o que nos diz Freud em seu sugestivo artigo intitulado “O método psicanalítico de Freud”, escrito em 1903, mas também o paralelo que ele estabelece em um artigo de 1904 entre as diferentes técnicas psicoterápicas.

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Ciclo de Palestras: Reflexões sobre o trabalho analítico na psicanálise contemporânea

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Nos dias 12 e 19 de março haverá um ciclo de palestras intitulado “O trabalho analítico na psicanálise contemporânea” organizado pelo Curso de Pós-Graduação em Psicoterapias de Abordagem Psicanalítica do Centro Universitário Barão de Mauá.

Os palestrantes

São profissionais com larga experiência clínica e acadêmica, mestres e doutores em Psicanálise bem como membros da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto. Além disso, todos eles integram o corpo docente do Curso de Pós-Graduação que está organizando o evento.

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A borboleta

maquina de escreverA borboleta se debatia contra o vidro e pequenas gotículas de sangue já escorriam de suas delicadas asas. A cena feriu seu coração. Ela precisava salvar a pobre borboleta. E foi então que começou a luta. Seus dedos finos e longos percorriam as asas da borboleta que fugia, assustadíssima, para o outro lado. A luta foi se intensificando até se transformar em um corpo-a-corpo. Ela suava, angustiadíssima. Será que ela não quer ser salva? Será que ser salvo não é bom? Talvez a borboleta esbelta estivesse exatamente fugindo da liberdade e por isso se trancafiara olhando o lindo jardim colorido através do vidro.

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Inscrições abertas para Grupo de estudo em psicanálise para 2023

download (8)Já estão abertas as inscrições para Grupos de Estudo em psicanálise com início em 2023

Por que estudar psicanálise em grupo?

O estudo da psicanálise é árduo e envolve muita dedicação individual. Leituras sistematizadas feitas individualmente são imprescindíveis para aqueles que querem conhecer o método de tratamento e o conjunto teórico criado por Sigmund Freud no final do século XIX. Além disso, é altamente desejável que o interessado tenha tido ou esteja tendo alguma experiência como analisando.

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Reflexões sobre a relação do terapeuta com o dinheiro

downloadMeu objetivo neste texto é elaborar algumas reflexões a respeito do fator monetário na relação terapêutica. Falando mais claramente minha proposta é refletir sobre o modo como o terapeuta lida com o fato de receber dinheiro para cuidar de seus pacientes e de como paga, ou não, o preço pelo gozo que isso lhe traz.

Partirei para tanto de uma primeira imagem, provocadora: um analista se encontra com seu paciente algumas vezes por semana, que podem ser três ou quatro. O paciente se deita em um divã e o analista se coloca o mais confortavelmente possível atrás dele. Ambos estarão envolvidos durante os cinquenta minutos de encontro em uma tarefa altamente libidinal (leia-se prazerosa): associar livremente.

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A lua e o mar

maquina de escreverÉ com uma dor aguda que deixo ir tudo o que de belo um dia esteve em mim. A praia enternecida em seus tons crepusculares de pérola; o choro da criança amada que, como uma sinfonia límpida, regam o ar com seu desamparo de rosas; a paisagem luminosa que vai ficando para trás enquanto caminho a passos rápidos para que a despedida não me despedace; os sons agudos do pássaro cantante na manhã em que se anuncia a aurora milagrosa; o olhar fugidio do ser humano que quase se deixou capturar. É com pesar inelutável que deixo cada uma das conchas que tocaram os meus pés e que me lembram que estarei morto tão logo minha consciência venha despertar do grande sono que é a vida.

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Não se adoece mentalmente por estresse! Contribuições de Freud para o entendimento do padecer mental

download (9)Meu objetivo neste texto é problematizar uma concepção recorrente: a de que causas banais e atuais da vida quotidiana provocam o que em psicanálise chamamos de neuroses e outras desordens mentais.

Uma pessoa procura um analista e lhe diz na entrevista, quando indagada sobre o que ela pensa a respeito das motivações que a fizeram produzir determinados sintomas, que é por causa do estresse no trabalho ou por algum trauma vivido recentemente, ou ainda, por um dissabor no trabalho ou no casamento ou a perda de um ente querido.

O que o analista pensa disso?

Ele pensa que esta pessoa está somente parcialmente do lado da verdade. Vejamos o porquê.

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A contratransferência do analista com relação aos pais na psicanálise infantil

images (3)Para tecer minhas reflexões sobre este relevante tema parto de algumas observações colhidas ao longo dos meus anos de experiência como clínica e supervisora. Como supervisora, não é incomum perceber no terapeuta supervisionado a emergência de fortes sentimentos contratransferenciais com relação aos pais da criança atendida. O rol de sentimentos é variado, mas em seu espectro estão presentes ciúme, busca de pacto com um dos membros do casal e rivalidade com o outro, competição com relação à capacidade de cuidado parental (“eu sou melhor pai ou mãe que ele ou ela”), inveja e idealização. Como clínica no atendimento de crianças e pais observo o forte impacto que a transferência dos genitores, estabelecida muitas vezes já no primeiro contato telefônico, exerce sobre a mente do analista.

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Impactos da neurose nas relações conjugais à luz do filme A difícil arte de amar

dvd_8331Meu objetivo neste texto é demonstrar como a presença de neurose em cada um dos membros de um casal pode impactar negativamente a relação conjugal e, muitas vezes, inviabilizá-la. Para tanto utilizarei como estímulo para refletir sobre o tema o filme “A difícil arte de amar”, lançado em 1986 sob a direção do norte-americano Mike Nichols e estrelado por Meryl Streep e Jack Nicholson.

A história, aparentemente banal, começa com Rachel (Meryl Streep) flertando em um casamento com Mark (Jack Nicholson). Ela se apresenta como uma mulher independente, cabelos curtos, roupa elegante e sóbria. Trabalha como escritora de matérias culinárias na agitada cidade de Nova York. Durante a cerimônia, toma a dianteira no flerte, olha para ele, visivelmente mais velho que ela, pelo espelho da maquiagem. Ele, galante e com histórico de mulherengo (o solteiro mais famoso da cidade), devolve o olhar.

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