As reflexões que farei a seguir se baseiam no documentário “Sal da Terra” (2015), produzido pelo cineasta Wim Wenders e por Juliano Ribeiro Salgado em comemoração aos quarenta anos de carreira do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado.
Minha proposta é estabelecer um paralelo entre a experiência emocional vivida por Salgado, e que nós vamos conhecendo por meio do que ele escolhe fotografar, e o que acontece em um processo de análise. Em ambos os casos, penso que o que está em jogo não é a capacidade de ver, o que fazemos com o órgão do sentido (olho), mas a condição interna de se enxergar ou não aquilo que vemos.