Meu objetivo neste texto é problematizar uma concepção recorrente: a de que causas banais e atuais da vida quotidiana provocam o que em psicanálise chamamos de neuroses e outras desordens mentais.
Uma pessoa procura um analista e lhe diz na entrevista, quando indagada sobre o que ela pensa a respeito das motivações que a fizeram produzir determinados sintomas, que é por causa do estresse no trabalho ou por algum trauma vivido recentemente, ou ainda, por um dissabor no trabalho ou no casamento ou a perda de um ente querido.
O que o analista pensa disso?
Ele pensa que esta pessoa está somente parcialmente do lado da verdade. Vejamos o porquê.