O título que escolhi para minha fala de hoje evoca, para mim, pelo menos dois pontos fundamentais que eu gostaria de refletir com vocês nesta manhã.
O primeiro e mais aparente é: o que é psicanálise e o que ela não é. Ora, se pensarmos que a prática da psicanálise se define pelo seu campo ético, o fazer-se psicanalista não pode vir desacoplado da práxis[1] de psicanalisar alguém. Dito isso, é fundamental que definamos em que consiste o método da psicanálise, diferenciando-o do de outras terapias. Para isso seguiremos o que nos diz Freud em seu sugestivo artigo intitulado “O método psicanalítico de Freud”, escrito em 1903, mas também o paralelo que ele estabelece em um artigo de 1904 entre as diferentes técnicas psicoterápicas.
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