Conforme prometido, irei me debruçar agora mais profundamente na obra “Os irmãos Karamázovi”, publicado por Fiódor Dostoiévsky em 1879. Como disse em texto anterior, tenho ficado encantada com a capacidade deste escritor russo – o primeiro a escrever romances psicológicos em que a alma humana é dissecada em profundidade – a mergulhar nas paixões humanas.
Este livro, talvez mais do que “Crime e castigo”, retrata o homem tal como ele é: ser pulsional e apaixonado, primitivo, às vezes cruelmente sórdido e vil, mas que também aspira a uma existência sublime, adquirida por meio da busca pela verdade e pelo reconhecimento da nossa condição miserável, paradoxal e ambígua.
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