Já faz um tempo que venho me dedicando a estudar as tragédias gregas, produzidas e encenadas na pólis durante o século V a.C. – período áureo e próspero vivido em Atenas que, nesta época era governada pelo tirano Pisístrato. Apesar de os gregos terem escrito muitas tragédias, muito deste material se perdeu no tempo, chegando até nós algumas das produções de três autores – Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.
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O feminino na Psicanálise e na tragédia grega.
Em suas elaborações sobre o feminino, Freud lançou a seguinte questão, para ele enigmática e difícil de ser respondida: “O que quer uma mulher?”. Para mim, há ainda outra questão anterior a esta e talvez mais importante: “O que é uma mulher?”.
Freud foi duramente criticado por analistas que se seguiram a ele e também por correntes feministas que consideraram sua teoria falocêntrica. Explico-me. Todo o embasamento teórico que Freud deu no que se refere à construção das identidades masculinas e femininas foi assentada na presença ou ausência do pênis, ou seja, no modo como cada ser humano vivência e se coloca diante da castração.
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